O bar fica aberto até sábado, quando faz uma festa de despedida. É a última oportunidade de experimentar os pratos fantásticos do chef Guti Ribas
Foram sete anos de experimentações gastronômicas fantásticas. Na esquina da rua Visconde do Rio Branco com a avenida Padre Agostinho, o La Boca Gastrobar instalou em 2012 uma espécie de oásis de comida boa e barata, em meio a um crescente universo curitibano de restaurantes com pratos vulgares, caros e metidos a besta.
Nesse período, o chef Guti Ribas (não temos a pretensão de carimbá-lo como melhor da cidade, mas temos toda a convicção em afirmar que é o mais gente boa) serviu iguarias da culinária oriental ao lado de pratos clássicos da gastronomia francesa e das típicas comidas de boteco. O “elemento-surpresa” sempre foi uma marca registrada: a cada semana, o cardápio rabiscado a giz na parede trazia opções surpreendentes como Bochecha de Linguado, Shumai de Tilápia, Lombo de Lula, Udon e outras, inspiradas na culinária de diversos cantos do mundo.
Muitos clientes torciam o nariz para tanta novidade e preferiam o feijão-com-arroz de boteco: o bolinho de carne a cavalo, o pastel de camarão e o famoso dogão bruto estavam entre os preferidos. Mas alguns dos pratos especiais da casa também caíram no gosto do povo e da crítica: o Fígado Galináceo e o Polvo Espanhol chegaram a ser finalistas do Prêmio Bom Gourmet, da Gazeta do Povo.
Uma falta tremenda fará a tradicional Wokada, evento que Ribas criou e no qual preparava, a cada mudança de estação, pratos orientais na panela wok em plena calçada e a preços módicos. Ali, muito curitibano experimentou pela primeira vez – e comeu de joelhos – maravilhas como Curry Thai, Mee Goreng, Yaki Udon e Arroz Chinês.
Mas, mais que boa comida, o La Boca sobretudo foi um ponto de grandes amizades e celebrações.
Esta semana o bar mais querido abre as portas pela última vez. E para fechar o ciclo, de quarta até sábado quem quiser provar novamente – ou experimentar pela primeira vez – algumas dessas iguarias, o La Boca terá no cardápio fígado galináceo, mie goreng, pão com bolinho , dogão bruto, ceviche, shumai, chili com carne, lula espanhola, bolinho de arroz, curries e muito mais.
E, no último dia de funcionamento, 21 de dezembro, a partir das 14h, uma festa do barulho com participação do DJ Jason (ex-Moustache e 1250), cervejas, drinks e um grand finale.
PS – Nós da Zelig fizemos parte dessa história e agradecemos ao Guti por nos alimentar tão bem, nos embriagar e aguentar nossos papos de bêbados no balcão. Valeu, cara!